EXPOSIÇÃO
AmEdeo-amAdeo,
UM ENCONTRO EM PARIS

12 figuras - 6 pares
1 artista - 2 inspirações

AMEDEO-AMADEO, Um encontro em Paris inspira-se na obra de Amadeo Souza Cardoso e Amedeo Modigliani, na sua sensibilidade e na unificação dos valores tradicionais e do espírito moderno.

Vídeo de Ricardo Santos

VENHA DESCOBRIR
AMEDEO-AMADEO, Um encontro em Paris

Esta é uma exposição em expansão e constante desenvolvimento, atualmente composta por 12 figuras em cerâmica, mas não limitada a esta número. Todas as figuras são construídas em cerâmica e revestidas com pintura em pastel. Obras que são o resultado de um encontro com as minhas influências estéticas.

Das minhas passagens por Paris durante a minha juventude (em plenos anos 1980), fui fortemente marcado pelos movimentos modernistas da arte europeia do início do século XX e pela multiplicidade de vertentes das artes plásticas que tornaram a cidade das luzes numa verdadeira capital da arte moderna. Os fenómenos sociais e culturais existentes na capital francesa, deixavam sobressair diversos movimentos artísticos, que se sobrepunham e relacionavam, atraindo artistas com sede de inspiração.

AMEDEO-AMADEO, Um encontro em Paris parte do meu encontro com Amadeo Souza Cardoso e Amedeo Modigliani, através das minhas viagens à capital francesa, cidade que foi também fonte de inspiração, encontro e amizade destes dois modernistas, num início do século XX.Um encontro com a sua sensibilidade romântica (afastados do movimento avant-garde) e o seu estilo próprio, marcado por uma unificação dos valores tradicionais com o espírito moderno.

Esta exposição reflete a minha interpretação desse encontro dos dois artistas e a inspiração que em mim despoletaram, levando-me a criar um diálogo com as relações estéticas da época e as influências marcantes da arte primitiva africana. Nunca combinação entre pintura e escultura, AMADEO-AMEDEO, Um encontro em Paris é composta por 6 pares de figuras estilizadas, numa composição assimétrica.
Representadas com máscara, numa mediação entre o homem é o invisível, as figuras deixam de lado a personalidade, para assumirem os vários seres que representam. Inspiradas nas formas simples e primitivas, presentes em todas as civilizações e com origem, provavelmente, na pintura corporal, as figuras movem-se aos pares, “mascaradas” e num movimento que faz lembrar o beijo, o abraço e o encontro.


Ser moderno não é cortar com as raízes. É antes entender os seus contextos e integrá-las com outras perspetivas.


EDGAR TEIXEIRA

AS OBRAS

AMEDEO-AMADEO: PAR 1

MIA

MIA

PASSION JAUNE

PASSION JAUNE

AMEDEO-AMADEO: PAR 2

DOUX AIR MER

DOUX AIR MER

SABLE DORÉ

SABLE DORÉ

AMEDEO-AMADEO: PAR 3

SANS L'OMBRE

SANS L'OMBRE

D'UN ÉCLAIR PASSÉ

D'UN ÉCLAIR PASSÉ

AMEDEO-AMADEO: PAR 4

LES OISEAUX DE

LES OISEAUX DE

DU TRÉSOR PERDUE

DU TRÉSOR PERDUE

AMEDEO-AMADEO: PAR 5

DE LEUR CHALEUR

DE LEUR CHALEUR

AU SEUL PARFUM

AU SEUL PARFUM

AMEDEO-AMADEO: PAR 6

UN MOMENT DONNÉ

UN MOMENT DONNÉ

ENVIE D'UNE BOUCHE

ENVIE D'UNE BOUCHE

TESTEMUNHOS

A obra enquanto processo criativo e metafísico

O trabalho AMEDEO-AMADEO, criado por Edgar Teixeira, fala-nos do seu encontro em Paris com os dois Amadeos pintores, Amadeo de Souza-Cardoso e Amedeo Modigliani, sendo reflexo do contacto do artista plástico com a arte parisiense durante a sua juventude. Porém, além de todos os aspetos que possam ter influenciado esta obra, não descurando naturalmente os aspetos técnicos que lhe são inerentes, penso que é de salientar a importância da mesma enquanto culminar de um processo criativo. O trabalho AMEDEO-AMADEO, Um encontro em Paris, é resultado de uma busca contínua dentro da temática das máscaras que tem sido desenvolvida ao longo do tempo. As antigas máscaras criadas pelo artista cobriam o rosto, afirmando-se como uma unidade distinta do corpo. Nas atuais, observamos um regresso à junção das partes, pois as máscaras adquirem a forma humana e deixam transparecer emoção. Não existe mais a máscara e o corpo, mas uma unificação do ser materializado. No mesmo sentido, falamos de uma unidade na Obra. Neste momento, a mesma é constituída por doze peças que funcionam aos pares e ligam-se, falando umas para as outras. Como num sussurro, parecem querer beijar-se. A repetição deste elo entre elas dá sentido ao conjunto e confere força e consistência à obra. Por todos estes motivos, o que se observa, não é a criação de um trabalho, mas a evolução de um processo criativo que se apresenta como é, como já se apresentou como foi, e que continuará pelo tempo a elevar-se para outras instâncias.

[Teresa Sousa, Arquiteta]


Encontro com a Arte

Ainda que tenha encontros frequentes com arte, não sou um entendido, aliás, quanto mais a vida avança, mais tenho a certeza de que não sou entendido em nada, sou apenas um curioso com vontade de conhecimento. É assim em tudo, tanto na vida como na arte, não fosse a vida a maior arte alguma vez criada. Tenho interesse em conhecer, ver, sentir e depois ou se gosta ou não. Nada a fazer. Ou satisfaz os desejos e sonhos do nosso inconsciente ou então será apenas mais uma passagem nas nossas vidas. A arte tem de ter um efeito imediato, tem de conter harmonia, uma afinidade entre a peça e a mente, tem de haver simpatia, ou melhor, empatia. Pode ser o melhor artista do mundo, mas se não me transportar para o mundo do imaginário, a arte será apenas do artista, pois a arte é de quem a pensa, daí que na maioria das vezes, para entendê-la seja preciso uma “cábula”, como gosto de chamar ao racional artístico ou memória descritiva.

É assim que eu vejo a arte.

Às vezes pergunto-me como a arte olha para mim?

O silencio apodera-se da resposta e fico na mesma.
Há pouco tempo tive um novo encontro que mexeu comigo. Foi no ateliê do Edgar, o bunker debaixo de minha casa, como gosto de lhe chamar. Espaço arrumado e limpo onde se sente o cheiro da criatividade. Trapalhão como sou, entrei a medo, não fossem as minha unhas mal lixadas estragar alguma peça. Ao entrar sinto-me observado por doze figuras, belas, de rostos e pescoços alongados e automaticamente sou transportado para o mundo distante, como deve ser com a arte. Ainda que parecidas, cada uma delas tem a sua identidade e personalidade própria. Sem memória descritiva por perto, abordo o tema. Depois de algumas perguntas percebo que o trabalho é o resultado da inspiração dos seus tempos de juventude em Paris, a quando do seu encontro com a arte de Amedeo Modigliani. Um período marcante no seu crescimento enquanto artista plástico, marcado também pelos trabalhos de Amadeo de Souza-Cardoso e que aqui estão refletidas neste conjunto de peças em barro modelado e pintado à mão, com várias texturas e desenhos. Vivem em pares e soltam um beijo pois afinal de contas um bom encontro termina sempre com um beijo.

Eu encontrei-me com a arte e você?

[Fernando Passas Cunha, Comunicação e Marketing]

Edgar Teixeira - Escultura e Cerâmica

Edgar Teixeira é Escultor e Ceramista, com mais de 30 anos de experiência no trabalho do barro, grés e outros materiais. 

Desenvolve trabalho artístico centrado, essencialmente, no património histórico, etnográfico, simbólico e cultural do país, numa busca pela representatividade da identidade cultural de Portugal. Utilizando, sobretudo, materiais da terra, cria também obras personalizadas e trabalhos por encomenda para particulares e empresas: brindes, estatuetas, bustos de diversas dimensões, réplicas de monumentos, heráldica e outros.

Todas as peças são feitas à mão, o que as torna únicas e colecionáveis, através de um trabalho que pretende transformar o barro em objetos originais e diferentes.

Edgar Teixeira desenvolveu peças para clientes individuais em vários países da Europa, de entre as quais se destacam peças decorativas, bustos construídos a partir de fotografias e brasões de família. A estas obras junta trabalhos personalizados criados para empresas e instituições de vários setores, como Central de Cervejas, EPAL, Academia da Força Aérea, Peter Café Sport, Mobil, Lions Clube, Amec/Spee, Amundsen ou Junta de Turismo da Costa do Estoril.

Natural de Trás-os-Montes, Edgar Teixeira trabalha há cerca de 30 anos em Lisboa, tendo um atelier no concelho de Oeiras
, aberto para visitas e workshops pontuais.


CONTACTOS

Para mais informações e pedidos personalizados, contactar:
Edgar Teixeira
Email: edgar.et@hotmail.com
Telefone: (+351) 91 766 67 64

Facebook: https://www.facebook.com/EsculturaEdgarTeixeira/